O Catete, bairro ou rua, tem uma história rica, antiga e de certa maneira complexa, muitas vezes difícil de ser estudada e conferida, a começar pelo próprio significado da palavra Catete. Existem escritos do século XVII que traduzem a palavra como: "mato escondido" ou "mato cerrado", esta tradução foi muito popularizada por Felisberto Freire. 

O Caminho do Catete, já existia antes da chegada dos portugueses e franceses no Rio de Janeiro, pois relatos muito antigos descrevendo as batalhas entre Portugal e França já se referem ao Catete de uma maneira corriqueira.

  
A história do Brasil passa, necessariamente, pelo palácio que acabou virando sinônimo do bairro do Catete. Sede do poder executivo federal de 1897 a 1960, o Palácio do Catete não guarda apenas a memória da República em mais de 8,5 mil objetos, 20 mil livros e 90 mil documentos. Os 25 mil metros quadrados do jardim são hoje o quintal dos moradores do bairro. Sem muitas áreas de lazer, crianças, jovens, adultos e idosos transitam diariamente pelas alamedas por onde caminharam 23 presidentes. Até rodas de serestas acontecem ali. 

Transformado em museu a partir de 1960, quando a capital federal foi transferida para Brasília, o palacete foi construído a partir de 1858 pelo rico português Antonio Clemente Pinto, o barão de Nova Friburgo. Por seus nobres salões, como o dos banquetes, passaram reis, príncipes, nobres e presidentes. Casamentos e acordos lá foram celebrados ou planejados. Mas nenhum presidente teve seu nome tão vinculado à construção como Getúlio Vargas, que lá se suicidou em 1954. Ao lado do Palácio do Catete, funciona o Museu do Folclore, onde antes funcionava a Casa do Corpo da Guarda Palaciana.