Área de SÃO CRISTÓVÃO - 7ª Região Administrativa

Habitada por índios tamoios, a área de São Cristóvão (que hoje inclui Benfica e a Mangueira), na Zona Norte da cidade, teve sua ocupação inicial intimamente ligada à conquista do recôncavo da Guanabara. O nome São Cristóvão originou-se da existência de uma igrejinha erguida (possivelmente em 1627 ) pela Companhia de Jesus, junto a uma praia que não existe mais. O templo, reformado em 1865, atualmente é a igreja nossa Senhora do Socorro, em frente à praça padre Séve.

Para acomodar a Família Real, o casarão da Quinta, mesmo sendo vasto e confortável, precisava ser adaptado como residência real, passando por considerável reforma. Nessa ocasião foi colocado à sua entrada o portão monumental que atualmente se encontra no zoológico, recebido de presente do General Lorde Percy, Duque de Northumberland, sendo uma réplica do existente em sua "Sion House" na Inglaterra. Mais tarde, D. Pedro I manda fazer nova reforma e ampliação, adquirindo a chácara vizinha à Quinta. Após o casamento em 1817, D. Pedro e D. Leopoldina passam a residir na Quinta da Boa Vista. Também na Quinta cresceu e foi educado D. Pedro II promovendo várias reformas na propriedade, inclusive reformando e embelezando seus jardins. Com o advento da República, a Quinta após sediar a Constituinte de 1891, foi transformada em 1893 no Museu Nacional, transferido do Campo de Santana. O palácio e seus jardins vivem um longo período de abandono, tendo sido ocupado por vários casebres. Em 1909, Nilo Peçanha mandou restaurá-los e cercá-los, conservando as características que lhes foram dadas por Glaziou.
  

Atualmente, a Quinta da Boa Vista funciona como um parque, abrigando o Jardim Zoológico da Cidade (funcionando em uma área de 138 mil metros quadrados e recebendo 70 mil pessoas por mês), o Museu da Fauna e, no palácio, o Museu Nacional, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O bairro abriga hoje dois tradicionais clubes da cidade do Rio de Janeiro: o Clube São Cristóvão de Futebol e Regatas e o Clube de Regatas Vasco da Gama. Também na região se encontra o Estádio de São Januário, pertencente ao Clube de Regatas Vasco da Gama, atualmente o segundo mais importante estádio de futebol da cidade. 

A famosa Feira Nordestina também está situada no bairro e surgiu em conseqüência de no Campo de São Cristóvão ficarem os caminhões "paus-de-arara" vindos das mais variadas regiões do Nordeste, através da Rodovia Rio-Bahia, aguardando a carga para transporte de volta ao local de origem, desenvolvendo-se pequeno comércio e atividades que ajudavam a lembrar da terra natal. De início, realizava-se somente aos domingos e pretendia ser uma réplica das grandes feiras do Nordeste. Posteriormente, funcionava desde sábado até domingo reunindo grande variedade de produtos e costumes tipicamente nordestinos.

   
A reforma geral do Pavilhão de São Cristóvão e a conseqüente inauguração do Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga tiveram como foco a recuperação e a revitalização da área e da tradicional Feira Nordestina. Com estas obras e a reestruturação do Pavilhão, a Feira passou a contar com um espaço totalmente renovado, dotado de ampla infra-estrutura, depois de mais de vinte anos de abandono. A remodelada feira ocorre no interior do Pavilhão e conta com mais de 680 barracas com água encanada, gás também encanado além de telefone, 30 boxes, agência bancária, postos de atendimento de saúde e policial, mais de 120 banheiros e cerca de 800 vagas para estacionar, nos quase 18.000 m².

Outro ponto importante do bairro é o Observatório Nacional, criado por D. Pedro I em 1827. Tinha, entre suas finalidades, a orientação e estudos geográficos do território brasileiro e o ensino da navegação. Após a República, passou a chamar-se Observatório Nacional e não mais Imperial. Hoje, lá funciona o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), com área de 41.000 m².

A Administração Regional fica na Rua Fonseca Teles,121/18º andar e atende pelos telefones 2589-2868, 2589-2251 e 2589-9388.

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