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 SANTA TERESA 
        

Área de Santa Teresa - 23ª Região Administrativa

Santa Teresa possui fantástica vista do centro do Rio, parte da Zona Norte, Baía de Guanabara e Niterói. Podendo ser considerado como um jardim suspenso sobre a cidade. 

O turismo em Santa é fundamental. O Castelo do Valentim, o bonde e o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo - onde crianças das favelas e casarões convivem em harmonia - atraem centenas de visitantes e "alimentam" o comércio local, que se caracteriza pelo artesanato e por restaurantes típicos, como o Sobrenatural e o alemão Adega do Pimenta, no Largo dos Guimarães. O Largo do Guimarães abriga o maior número de restaurantes e lojas. 


Museu da Chácara do Céu

  
O clima bucólico de cidade pequena, a arte e a boemia chamam a atenção em Santa Teresa. Com centros culturais, dezenas de ateliês e laboratórios e tombada pelo Patrimônio Histórico, Santa Teresa vive da arte, do ritmo lento ditado pelo bonde e pela boemia e da participação política de seus moradores. Uma vez por ano, o "Arte de Portas Abertas" atrai centenas de pessoas, encantadas com o clima de cidade pequena.

As modernas construções ajudam apenas a compor a vista panorâmica da cidade. Santa Teresa é o primeiro bairro do Rio a elaborar sua Agenda 21. O documento, que resume as principais carências e aponta soluções para a região.

É na Serra da Carioca que nasce o Rio da Carioca, acima das Paineiras. O rio desce o morro recebendo vários afluentes pequenos, sendo captado em Santa Teresa perto do Silvestre e seguindo acompanhando a Rua do Aqueduto, atual Almirante Alexandrino, até atingir o Cosme Velho para desembocar na Praia do Flamengo. O Rio Carioca foi o primeiro a ser aproveitado para o abastecimento da cidade, com a construção do Aqueduto de Santa Teresa (Arcos Velhos), completado pelos Arcos da Carioca (Arcos da Lapa) sobre os quais passaram a correr as águas até atingir o Centro.

Mais informações podem ser obtidas na 23ª Região Administrativa, estabelecida na Rua Pascoal Carlos Magno, 136 , telefones 2242-4249, 2242-1466 e Fax 2242-6495.
   

O abastecimento de água propiciou a ocupação organizada da área que hoje constitui o bairro de Santa Teresa e traçou o mapa do lugar, condicionando também a criação do bonde, meio de transporte ideal às condições topográficas. Forte contribuição para a vinda de moradores foi o chamado Plano Inclinado, inaugurado em 13 de março de 1877 e que funcionou até 1926, partindo da Rua do Riachuelo 89, subindo pela Ladeira do Castro, até o Largo do Guimarães, numa extensão de 513 metros.

A zona, populosa, englobava os morros de Santa Teresa e Paula Matos. A construção foi feita pela empresa Ferro Carril de Santa Teresa e o plano era integrado a uma linha de bondes a burros que, partindo da então Praça. D. Pedro II (atual Praça 15 de Novembro) e cruzando diversas ruas do centro da cidade, chegava ao Largo do Guimarães. Nesta época, os passageiros desembarcavam na Lapa, tomavam o Plano Inclinado e seguiam em outros bondes do Largo em direção à Caixa D' Água pela Rua do Aqueduto (Almirante Alexandrino) e, noutro ramal, até o Largo das Neves, passando pelas ruas Áurea, Oriente e Progresso.


Parque das Ruínas

  
Em 7 de novembro de 1892 foi firmado o contrato entre a Cia. Ferro Carril Carioca e a Municipalidade para a exploração, por 35 anos, dos serviços de transportes de bondes, exigindo uma cláusula a tração elétrica a partir de 1896, devendo ainda os carros trafegar sobre os Arcos da Carioca. Dentre as muitas originalidades de "Santa", área de preservação ambiental e histórica, está a construção da Estrada de Ferro do Corcovado, única no Brasil que se destina a fins turísticos fundamentalmente.

A Região Administrativa de Santa Teresa está situada no centro da área mais urbanizada e desenvolvida do Rio de Janeiro, tendo acesso direto para nove bairros: Cosme Velho, Laranjeiras, Catete, Glória, Centro, Fátima, Rio Comprido, Catumbi e Tijuca. Os acessos por onde trafega atualmente o maior número de transportes e de moradores, são: rua Gomes Freire, seguindo pela rua Francisco Muratori (Lapa), até a atingir a Joaquim Murtinho; ruas Cândido Mendes, Benjamin Constant e Santo Amaro (Glória), esta última com passagem pela rua Santa Cristina, considerada inteiramente Santa Teresa; e a rua Paula Matos, que beira a via de acesso ao túnel Catumbi-Laranjeiras, usada por aqueles que querem chegar direto ao “Baixo Santa Teresa”. A natureza das edificações, que já serviram de moradia a muitos personagens ilustres, é em 85% residencial, percentual que não mudará drasticamente por estar garantido pelo decreto 495/ 1984.

Entre 1940 e 50, a população do bairro cresceu em 10 mil habitantes. Para este crescimento contribuíram os imigrantes, fugindo da guerra na Europa. O perfil histórico e arquitetônico somado ao baixo preço dos aluguéis no bairro, na década de 70, atraiu maior número de artistas e artesãos que ainda hoje dão o tom ao cotidiano simples e peculiar de Santa Teresa. Nele se misturam moradores de origem brasileira, italiana, alemã, portuguesa e suíça, predominantemente, de classes sociais diversas, perfis culturais e de comportamentos múltiplos.

Somando-se aos palacetes e a alguns prédios mais modernos, o bairro tem construções populares que se distribuem pelas favelas. Santa Teresa tem grande importância na história do desenvolvimento da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e constitui uma síntese do perfil carioca. Santa Teresa é, por isso, uma importante força turística a ser redescoberta. Voltar a freqüentar o bairro é reconciliar-se com um passado que, pouco a pouco, fica mais distante. É uma das raras áreas do Rio que consegue guardar a fisionomia do antigo, sem aspecto de decadência. Suas ruas e ruelas estreitas, em piques verticais, algumas calçadas com pé-de-moleque, são emolduradas por casas, palacetes e casarões antigos, tudo isso encenado por vistas panorâmicas onde se vislumbra a cidade do Rio de Janeiro que cresce e se moderniza.

Fonte: Prefeitura Municipal e IBGE
          Riotur - http://www.rio.rj.gov.br/riotur/