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 PAVUNA 
  

Área da Pavuna - 25ª Região Administrativa

A área da Pavuna é um dos locais mais antigos da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Em um dos primeiros mapas da baía de Guanabara, o cronista Jean de Léry lá registrou aldeias dos índios tupis aliados aos franceses calvinistas comandados por Nicolau Durand de Villegagnon. Dentre as numerosas "ocaras" alinhadas na sua margem direita, uma, pelo menos, que corresponderia à de "Upabuna", estaria localizada às margens do rio a que deu nome, o rio Pavuna.

A coroa portuguesa estimulou o plantio de cana-de-açúcar. No final do século XVI instalaram-se os primeiros engenhos de produção de açúcar, aproveitando as terras ainda descansadas de seu recôncavo. E com a cultura da cana, vieram os escravos africanos. No momento, pesquisas arqueológicas resgatam um importante elemento para a reconstrução da sociedade escravista, a "picota" da Fazenda de Nossa Senhora da Conceição. As fábricas de açúcar e aguardente prosperaram de tal forma, que incentivou a criação da primeira freguesia fora do centro do Rio de Janeiro, a de Nossa Senhora da Representação de Irajá, em meados do século XVII.

A crise provocada pela descoberta das Minas, ao findar dos anos setecentos, que tão duramente atingiu a cidade, também afetou a produção de açúcar na área pavunense. Os senhores de engenho conseguiram, no entanto, recuperar grande parte do prestígio e da produção durante o século seguinte, possibilitando até que o número de engenhos aumentasse. Mas, a sedução exercida pelo plantio do café, aliada à insuficiência de capital acumulado para promover melhorias nas fábricas, contribuíram para que os antigos senhores do açúcar transformassem os engenhos em fazendas.

Não foram poucos os esforços para dinamizar a produção cafeeira e revitalizar a prosperidade do passado. O traçado da Estrada de Ferro D. Pedro II facilitou o escoamento das mercadorias. O mesmo se deu com a construção de um canal, retificando o traçado do rio Pavuna, que também contribuiu para livrar a região do fantasma das febres que despovoavam outras áreas do recôncavo, tal como a cidade de Piedade de Iguaçu, em plena decadência. Esta fora a última vila organizada em terras da cidade, cujo perímetro definitivo se estabelecera em 1833, com a criação do Município Neutro, a Corte imperial.

A Pavuna ocupava ambas as margens do rio de mesmo nome, cada uma delas pertencente a uma freguesia da cidade: a da direita, à Irajá e a da esquerda, à São João de Meriti. A divisão do território entre as cidades do Rio de Janeiro e Iguaçu - esta transferida, em meados do século 19, para um local da Freguesia de Jacutinga, daí o nome "Nova" que adquiriu, deu origem a uma polêmica quanto à posse das terras situadas entre os rios Pavuna e São João. A cidade de Nova Iguaçu requeria as terras de ambas as margens do rio Pavuna, transferindo-se a fronteira para o rio São João; mas vence a disputa a do Rio de Janeiro, fixando-a no divisor tradicional das freguesias, isto é, no rio Pavuna. Assim, a Pavuna ficou pertencendo à cidade do Rio de Janeiro.

Com a proliferação das moradias, acelerou-se o processo de fragmentação da malha urbana. Vieram migrantes internos e externos, em sua maior parte de baixa renda, gerando um fluxo populacional desordenado, face às oportunidades oferecidas pela cidade florescente. O contrastante convívio dos novos hábitos introduzidos pelos recém chegados, com a tênue, mas resistente, tradição local dos antigos habitantes, faz da história desse lugar e dessa gente, estigmatizados por parcelas da população carioca, um desafio instigante para a demonstração de como foram e são importantes para a memória e a história de nossa gente. A Região Administrativa, que abrange, além da Pavuna, Coelho Neto, Acari, Costa Barros e Barros Filho funciona na Avenida Sargento de Milícias s/n, atendendo pelo telefone 474-6011 e fax 474-6015.


Área da Pavuna - Estatísticas dos bairros da 25ª Região Administrativa

BAIRRO Coelho Neto Acari Barros Filho Costa Barros Pavuna TOTAL

Área construída (m2)

486043

53090

292173

82173

1991732

 

População residente

33944

23082

17225

25088

98199

197538

População por domicílio

3,4

3,7

3,5

3,7

3,6

3,6

Ruas e avenidas

82

19

102

184

529

916

Jardins, parques, praças

-

-

-

-

2

2

Praias (extensão em km)

-

-

-

-

-

-

Imóveis residenciais

9873

6172

4978

6770

27482

55275

Imóveis não-residenciais

187

33

113

15

528

876

Escritórios

117

4

1

-

68

190

Hospitais e casas de saúde

1

-

-

-

1

2

Colégios

3

-

2

1

15

21

Bancos

-

-

-

-

1

1

Clubes/ginásios

-

1

-

-

-

1

Garagem/estacionamento

1

1

-

3

3

8

Armazém/depósito

14

1

8

2

55

80

Posto de combustíveis

-

-

1

-

4

5

Cinema

-

-

-

-

-

-

Restaurante/bar/lanchonete

21

3

6

2

28

60

Estabelecimentos industriais

30

7

22

1

79

139

Hotel/motel/pensão/hotel residência

1

-

-

-

3

4

Oficinas

1

-

-

-

19

25

Supermercados

3

4

-

-

14

21

Casas/sobrados

1791

283

2407

615

6361

11457

Apartamentos

596

93

236

103

3635

4663

Salas comerciais

117

4

7

-

80

208

Loja/sobreloja

196

36

93

16

524

865

Galpão/telheiro

27

6

23

3

103

162

   Fonte: Prefeitura Municipal e IBGE