As condições adversas da região (muitos lagos, rios e alagadiços)
e as dificuldades causadas pela falta de infra-estrutura fizeram
com que até o final dos anos 50 a Barra da Tijuca, fosse quase
desconhecida. Só a partir da década seguinte e, principalmente
nos anos 70, com a implantação de vias mais adequadas, a construção
dos primeiros grandes empreendimentos imobiliários e do desenvolvimento
das atividades comerciais começou a ficar evidenciada a necessidade
de descentralizar a administração da Barra da Tijuca. O contínuo
desenvolvimento da Baixada, com sua ocupação voltada para
construção de moradias, para o comércio e para o lazer, impunha
a decisão da criação de uma Região Administrativa exclusiva
para a área, o que foi feito com a nova 24ª Região Administrativa.
A praia da Barra, nos anos 60, foi um dos
maiores pesqueiros, fazendo com que as noites de verão, com
o mar mais calmo, muitos pescadores ficassem por ali, atrás
de belas anchovas, pampos, cações e outros tipos de peixes
que desapareceram em virtude da poluição de nossa bela praia.
As
terras onde está a Barra da Tijuca, constituem um grande triângulo
cuja base são as praias do litoral e os lados os maciços da
Pedra Branca e da Tijuca.
Confunde os menos atentos a existência de duas Barras da Tijuca. A Barra
da Tijuca, região, formada dos bairros Joá, Itanhangá, Camorim,
Vargem pequena, Vargem Grande, Recreio dos Bandeirantes, Grumari
e a Barra da Tijuca, propriamente dita. E a 24ª Região Administrativa,
chamada de Barra da Tijuca, que ocupa a área total de 17566,7
hectares, enquanto o bairro é praticamente 1/5 disso 3592,7
hectares. A Barra da Tijuca, bairro, é constituída também
por seus sub-bairros, como a Barrinha, o Jardim Oceânico e
o Tijucamar, por exemplo.
Atualmente, a Barra da Tijuca, mais do que
um centro de comércio, lazer e entretenimento, tornou-se uma
potência econômica, o que acarretou em uma considerável valorização
econômica nesta localidade. Os técnicos do Instituto Pereira
Passos da Prefeitura carioca garantem que, até 2005, a região
administrativa da Barra - que inclui Barra da Tijuca, Camorim,
Grumari, Itanhangá, Joá, Recreio dos Bandeirantes,
Vargem Grande e Vargem Pequena - vai passar dos atuais 168,2
mil para 320,1 mil moradores. No mesmo período, bairros como
Ipanema, Leblon, Leme, Botafogo, Gávea e Jardim Botânico vão
perder população equivalente a 3,6 mil moradores. Na Zona
Norte, a Tijuca terá a maior redução no número de moradores
- 8.000 até 2005. Apesar do entusiasmo com a região, intensificam-se temores de
que o crescimento desordenado aumente a criminalidade e provoque
caos nos sistemas de transporte e saneamento da região, que
recolhe anualmente R$ 61,3 milhões de IPTU, ou pouco mais
do dobro do montante pago pelos contribuintes de Copacabana
(R$ 30,1 milhões). Outra estimativa mostra uma explosão
demográfica em Vargem Pequena: habitado por 11,7 mil pessoas
hoje, o sub-bairro da Barra da Tijuca registrará um crescimento
de 105%, passando para 23,2 mil. Nada menos do que 11,9 mil
novos moradores.
Outro
fator importante a ser considerado, é o alto índice de alfabetização
de adultos da Barra da Tijuca, que está em segundo lugar do
Rio de Janeiro com 99,38%, e a renda per capita em mais de
R$ 2.400,00.
Veja
o mapa da região
Veja Também:
Camorim
Grumari
Recreio
dos Bandeirantes
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